Dados apontam que após a implementação da Lei Seca no país houve queda no número de mortes por acidentes de trânsito atribuíveis ao álcool

Passados 16 anos da implementação da “Lei Seca” — Lei Nº 11.705, de 19 de junho de 2008 — os dados apontam que houve redução no número de mortes causadas por acidentes de trânsito atribuíveis ao álcool no país. 

Segundo os indicadores que foram antecipados pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), e reportados pelo Portal do Trânsito no último dia 19 de junho, o número de óbitos em decorrência da junção de bebida alcoólica e direção caiu 22,7% entre os anos de 2010 e 2022: de 13.911 óbitos para 10.747. 

Em números absolutos, a redução aconteceu, especialmente, entre os homens: foram 12.139 mortes em 2010 e 9.457 mortes em 2022, ou seja, uma queda de 22,1% nesse sentido. Já entre as mulheres: foram 1.772 mortes em 2010 contra 1.290 em 2022, o que significa, por sua vez, uma redução de 27,2% (queda mais significativa em termos de percentual). 

“Acompanhamos com entusiasmo a queda progressiva da mortalidade por acidentes de trânsitos causados pelo consumo de álcool, mas muitos brasileiros ainda bebem e dirigem. Alterações cognitivas e motoras ocorrem mesmo que não sejam percebidas pelo condutor, por isso é perigoso qualquer consumo antes de dirigir”, alertou o psiquiatra e presidente do CISA, Arthur Guerra.

Dentro do período analisado, no entanto, observou-se também que a faixa etária mais impactada pelos acidentes de trânsito atribuíveis ao álcool mudou. “Em 2010, os jovens adultos de 18 a 34 anos lideravam o número de óbitos. Atualmente, a população entre 35 e 54 anos é a mais afetada”, reportou o Portal do Trânsito. Nesse recorte, os dados mostram que, em 2022:

  • 35,4% dos óbitos ocasionados por esse tipo de acidente eram de pessoas entre 35 e 54 anos de idade; 
  • 33,3% eram de jovens entre 18 e 34 anos de idade; 
  • 27% das mortes eram de pessoas de mais de 55 anos; e 
  • 4,3% eram de pessoas com até 17 anos de idade.    

 Mais dados e notícias sobre o tema constam na reportagem completa divulgada pelo Portal do Trânsito